A partir da técnica GDS de reeducação de movimento, o treinamento contempla:
O treinamento vocal estrutura a função corporal e vibratória da fala, organizando e tornando concretas as bases de apoio, projeção e articulação. O trabalho vocal também permeia todo trabalho criativo, buscando sempre a conexão da expressividade da voz e do corpo de forma integrada.
A partir de exercícios e abordagens propostas por Grotowski, o treinamento propõe a investigação do processo de conexão das emoções com o corpo e a voz. Através de exercícios corporais específicos como o gato, inversões e rolamentos evoca-se pensamentos e sentimentos que ajudam o corpo a entrar em contato com o mundo interno.
Espaço/ Tempo/ Forma/ Movimento/ Lógica/ Emoção
Com exercícios de percepção, sensação, movimento e escuta (originados por Mary Overlie e elaborados por Wendell Beavers, coreógrafas e bailarinas), onde os seis pontos de vista são abordados de maneira horizontal, sem hierarquia, para despertar um olhar atento sob todos os ângulos.
Este olhar torna o criador mais hábil em verificar a realidade e brincar com ela, já que pode dar mais importância a cada elemento, em diferentes momentos. Experimentando cada elemento e os colocando juntos, pode-se improvisar e desenvolver temas, relações e marcação de cenas.
O “rio” é uma improvisação de movimentos que é uma resposta do ator a um estímulo real ou imaginário. Ele cria a base do diálogo entre o mundo interno e externo do intérprete.
No processo de criação do espetáculo A Curandeira, a prática do “rio” foi importante para descobrir quais imagens poderiam funcionar para a cena.
O “rio” é utilizado como preparo e treinamento do estado de escuta e percepção – que deve estar bem aguçado – para que a re-presentação seja de fato viva, no aqui-agora.