Treinamento artístico

Corpo

A partir da técnica GDS de reeducação de movimento, o treinamento contempla:

  • Alongamentos estruturadores das funções e dos segmentos osteomusculares;
  • Práticas de conscientização e exercício dos vetores de organização presentes no corpo;
  • Sequências de movimento para estímulo das tipologias psicomotoras e ajuste das tensões musculares;
  • Movimentos para ativação de mobilidade articular;
  • Práticas de escovação do corpo e o uso de óleos para estímulo da pele também são usados para ativar a percepção sensorial do ator antes de entrar em cena.

Voz

O treinamento vocal estrutura a função corporal e vibratória da fala, organizando e tornando concretas as bases de apoio, projeção e articulação. O trabalho vocal também permeia todo trabalho criativo, buscando sempre a conexão da expressividade da voz e do corpo de forma integrada.

Pesquisa criativa

Abordagem psicofísica

A partir de exercícios e abordagens propostas por Grotowski, o treinamento propõe a investigação do processo de conexão das emoções com o corpo e a voz. Através de exercícios corporais específicos como o gato, inversões e rolamentos evoca-se pensamentos e sentimentos que ajudam o corpo a entrar em contato com o mundo interno.

Pontos de Vista/View Points

Espaço/ Tempo/ Forma/ Movimento/ Lógica/ Emoção
Com exercícios de percepção, sensação, movimento e escuta (originados por Mary Overlie e elaborados por Wendell Beavers, coreógrafas e bailarinas), onde os seis pontos de vista são abordados de maneira horizontal, sem hierarquia, para despertar um olhar atento sob todos os ângulos.

Este olhar torna o criador mais hábil em verificar a realidade e brincar com ela, já que pode dar mais importância a cada elemento, em diferentes momentos. Experimentando cada elemento e os colocando juntos, pode-se improvisar e desenvolver temas, relações e marcação de cenas.

Improvisação – Rio

O “rio” é uma improvisação de movimentos que é uma resposta do ator a um estímulo real ou imaginário. Ele cria a base do diálogo entre o mundo interno e externo do intérprete.

No processo de criação do espetáculo A Curandeira, a prática do “rio” foi importante para descobrir quais imagens poderiam funcionar para a cena.

O “rio” é utilizado como preparo e treinamento do estado de escuta e percepção – que deve estar bem aguçado – para que a re-presentação seja de fato viva, no aqui-agora.